Como parte do Mês da Abolição Interrogada II (a primeira versão foi realizada na USP em 1988, 100 anos após a abolição da escravidão no Brasil), no dia 17/5 o Núcleo de Consciência Negra (NCN) fará evento para comemorar seus 26 anos de existência (e resistência!) na Cidade Universitária. Na data, entre outras atividades, será oficialmente lançada uma campanha para o recolhimento de assinaturas em prol da criação da Casa de Cultura Negra da USP. Um abaixo-assinado online já está disponível (em http://goo.gl/pPt64).

“Reivindicamos a criação da Casa da Cultura Negra da USP, pois temos uma vasta história dentro da Universidade, somos numericamente a maioria da população brasileira, mas ainda uma minoria política que não descansará enquanto não tiver seus anseios e direitos de inclusão plenamente atendidos”, diz trecho do texto que explica a causa a apoiadores no site peticaopublica.com.

A Casa da Cultura Negra é uma antiga reivindicação do NCN, que desde sua criação, em 1987, enfrenta problemas para firmar convênio com a Reitoria e, assim, formalizar a situação de seu espaço no campus Butantã. A entidade está sob ameaça de ter sua sede demolida, desde que foram anunciadas e iniciadas as obras para a criação do Centro de Difusão Internacional e da “Nova ECA” na região dos barracões, ao lado da FEA.

Como noticiado na edição da primeira quinzena de maio do Jornal do Campus, a ideia já recebeu o apoio da FFLCH. “Acho importante a criação da Casa de Cultura Negra, a FFLCH apoia a iniciativa do Núcleo. Estamos apenas aguardando a forma­lização do pedido à Univer­sidade”, diz Sérgio Adorno, diretor da unidade, em entrevista ao veículo. A FFLCH foi escolhida por membros do NCN para ser responsável por um Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão (NACE) que abarque projetos sobre questões étnico-raciais. Porém, a criação do NACE não garante espaço físico para o desenvol­vi­men­to das atividades da entidade.

Segundo Leandro Salvático, um dos coordenadores do NCN, as assinaturas são necessárias do ponto de vista polí­ti­co. “Queremos criar um ambiente que obrigue a USP a ver a necessidade desse espaço. É vital que a gente reconheça a importância da cultura negra dentro da nossa sociedade”, declara em entrevista ao Jornal do Campus

 

Informativo nº 363

EXPRESSO ADUSP


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