No dia 17/10, o presidente da Adusp, Otaviano Helene, participou com os professores Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e Luiz Carlos de Freitas, da Faculdade de Educação da Unicamp, da mesa “Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e melhoria da educação”, parte do Seminário “Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) em Debate”, organizado por pesquisadores das estaduais paulistas, realizado na Faculdade de Educação da USP e transmitido por vídeoconferência para outros campi.

O Ideb é um indicador calculado com base em exames realizados pelos estudantes do Ensino Básico e em taxas de aprovação. Através do Ideb, o Inep estipulou metas específicas que devem ser seguidas por Estados e municípios que aderirem ao “Compromisso Todos pela Educação”, o que, na opinião de Reynaldo Fernandes, é um ponto “muito importante”, “na verdade é dizer ‘nós queremos chegar lá’, e para cada um: ‘sua contribuição teria que ser essa para que o Brasil atingisse o nível dos países médios’”.

O professor Otaviano Helene argumentou que para melhorar o sistema educacional brasileiro “a gente não precisa de mais um indicador”, bastando usar os existentes, mais do que suficientes para indicar as ações necessárias. O problema central do sistema educacional brasileiro é o financiamento. Com os 3,5% do PIB nacional hoje investidos na educação pública, “não é possível resolver os problemas do sistema educacional, qualquer que seja o indicador” adotado.

Já o professor Luís Carlos de Freitas questionou a capacidade de o MEC, por intermédio do Ideb, induzir melhorias no sistema educacional e traçar políticas para o setor: “Não vejo possibilidade de, desde Brasília, sairmos controlando o que acontece em 50 mil escolas espalhadas pelo Brasil, e essa é a real intenção, aumentar o grau de controle sobre as escolas”.

 

Matéria publicada no Informativo n° 246

EXPRESSO ADUSP


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