Os professores da rede estadual de ensino, reunidos em assembléia no vão livre do Masp em 8/4, decidiram pela suspensão da greve que completava então 30 dias. Em 13/4 foi realizada uma primeira reunião de negociação com o secretário da Educação, Paulo Renato, na qual a diretoria da Apeoesp reafirmou a pauta de reivindicações da categoria, reforçando a necessidade de reajuste salarial imediato. Também foi discutida a questão do desconto dos dias parados.

 Segundo a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, o secretário voltou a afirmar, quanto ao reajuste salarial, que a reivindicação está fora de sua competência, pois o aumento precisaria ser discutido no âmbito do funcionalismo público como um todo. “Já estamos nos articulando com outros setores do funcionalismo e vamos enviar ofícios à Casa Civil e ao Governo do Estado, não vamos deixar a peteca cair”, declarou Izabel ao Informativo Adusp.

A Apeoesp reivindicou o não desconto dos dias parados e a retirada das faltas dos prontuários. O secretário defendeu o desconto em uma só vez e o pagamento da reposição de aulas na medida em que elas ocorrerem. A diretoria do sindicato propôs então que o desconto seja parcelado, como forma de diminuir seu impacto, e que o calendário de reposições se estenda até o fim do ano.

“Face às medidas autoritárias do governo e os 30 dias de greve sem perspectiva de negociação, avaliamos que era melhor voltar, mas vamos manter a luta. Cumprimos o papel de desmascarar a situação da educação no Estado de São Paulo, expusemos o perfil autoritário desse governo e o professor sai da greve de cabeça erguida, pode sair com zero [de reajuste salarial], mas saiu para a rua e não baixou a cabeça”, avalia a professora.

 

Informativo nº 304

EXPRESSO ADUSP


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