Em 22/2, a Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp) finalmente aprovou o projeto de lei referente ao Orçamento 2006. O artigo 10º da Lei Orçamentária (LO) estabelece que devem ser repassados mensalmente às universidades públicas estaduais, no mínimo, 9,57% da arrecadação da cota-parte do ICMS, no mês de referência, incluindo-se ainda 9,57% da Lei Kandir.

Veremos se a letra da emenda será cumprida ou se serão repassados apenas 9,57% do orçado pelo governo do Estado para o ICMS, deixando de levar em conta o efetivamente arrecadado.

O percentual de 9,57% da emenda aglutinativa é o mesmo que foi conquistado por cerca de 10 anos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até 2005, quando a Alesp aprovou aumento em todos os percentuais da educação: de 30% para 31% da receita de impostos na verba global, de 9,57% para 10% da cota-parte do ICMS para USP, Unesp e Unicamp, e fixação de 1% da cota-parte do ICMS para o Centro Paula Souza, que reúne as Fatecs e as escolas técnicas estaduais (ETEs).

Porém, tais percentuais foram vetados pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), o que deflagrou uma greve no ensino superior público estadual no 2º semestre de 2005. Apesar da pressão de docentes, estudantes e funcionários, a Alesp não derrubou o veto, e criou-se um vácuo na medida em que não havia mais qualquer percentual garantido para as universidades públicas estaduais.
Agora, além dos 9,57%, está prevista a possibilidade de recursos suplementares para a expansão de vagas, a qual nos últimos anos vem ocorrendo de maneira desestruturada, pois novos estudantes ingressam no sistema sem que os repasses sejam reajustados.

 

Matéria publicada no Informativo nº 208

EXPRESSO ADUSP


    Se preferir, receba nosso Expresso pelo canal de whatsapp clicando aqui

    Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!