Defesa da Universidade
Combate ao Covid-19 requer conduta democrática, transparência e condições adequadas de higiene e de trabalho
Frente ao surgimento comprovado de um caso de Covid-19 na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, a Associação dos Docentes da USP (Adusp) vem a público externar as seguintes considerações:
1. Espera-se da Reitoria, bem como das unidades da universidade, que toda e qualquer medida a ser tomada, no âmbito do combate à epidemia de coronavírus dentro de seus campi, seja pautada por uma conduta democrática e transparente das autoridades responsáveis. Isso pressupõe a circulação de informações fidedignas, bem como transparência e permanente interlocução com as entidades representativas e com as instâncias colegiadas.
2. Espera-se que não se adotem punições, de qualquer grau, respeitando-se os direitos das pessoas — estudantes de graduação e de pós-graduação, docentes (efetivos ou não), funcionários(as) técnico-administrativos(as) (efetivos ou terceirizados), trabalhadores(as) em geral e visitantes — de, eventualmente, decidirem por não participar das atividades dos campi da universidade.
3. Espera-se igualmente que a USP, por meio da Reitoria, seja capaz de garantir condições de trabalho adequadas para todo o seu corpo funcional, bem como para todo o seu corpo discente, o que pressupõe condições efetivas de higiene necessárias ao combate à epidemia, segundo recomendações dos órgãos de saúde, sem discriminar ninguém.
4. Frente aos riscos provocados pela epidemia do Covid-19, é preciso que os princípios da saúde pública de prevenção e precaução prevaleçam sobre a visão da “austeridade fiscal”. Imposta a partir de 2014, a “austeridade fiscal” sucateou a USP, deixando unidades e setores com número de funcionárias e funcionários inferior ao mínimo indispensável, sacrificando até mesmo seus hospitais HU e HRAC, essenciais para o enfrentamento local da pandemia do Covid-19.
São Paulo, 12 de março de 2020
Diretoria da Adusp
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