O professor Giovanni Guido Cerri, diretor da Faculdade de Medicina (FM-USP), presidente do Conselho Curador da Fundação Faculdade de Medicina (FFM) e ex-secretário estadual da Saúde, impetrou queixa-crime contra os jornalistas Pedro Pomar, Débora Prado e Tatiana Merlino, por “difamação”, em razão de matérias veiculadas na edição 54 da Revista Adusp . A ação tramita na 1ª Vara Criminal de São Paulo e tem sua primeira audiência, de tentativa de conciliação, marcada pela juíza Apare­cida Angélica Correia para 12/5.

Em 2013, Cerri havia solicitado à 1ª Vara Criminal a interpelação judicial dos jornalistas, “a propósito de editorial e reportagem veiculados pela Revista Adusp” na­que­la edição. Contudo, a juíza rejeitou o pedido de explicações, por entender que ele só é cabível quando as afirmações em questão sejam ambíguas ou equívocas.

Na avaliação da juíza, nos textos apontados pelo então secretário da Saúde “não se divisa dubie­dade, equivocidade ou ambigüidade”. Por exemplo, no tocante à reportagem sobre conflito de interesses na pasta da Saúde, assunto da manchete principal da edição, a juíza considera que “narra de maneira clara e objetiva os fatos que imputa ao requerente”, a saber, que “a atuação [de Cerri] nas OSS e em empresas privadas como a DASA, paralelamente à atuação na Secretaria de Saúde, configura conflito de interesses”.

Informativo nº 378

EXPRESSO ADUSP


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